A entrega,o pagamento e Jéssica
Tony era o motorista da história,ele ia pegar alguem no bar,alguem com a entrega,e levá-lo à ponte,onde a tal entrega ia ser vendida.Com o mapa e a informação em mãos,eu mandei o Tony ir passear.Mas eu não podia deixar o Tony ir.
Podia.
Não podia.Tinha de matá-lo.
Não tinha.Não era nescessário.
(Owww a mocinha está com medo de puxar o gatilho?)
Antes que eu pudesse pensar,minhas mãos agiram por conta própria e eu atirei em Tony pelas costas.
Para minha surpresa,Lâmina e confusão ainda estavam vivos(o confusão nem tanto), e vindo na minha direção.
Perto dali,um moleque de cabelo vermelho e rosto coberto de espinhas e sardas nos olhava apavorado.Eu pedi pra ele ajudar o velho a se levantar,e ele o fez a muito contragosto.Perguntei o que ele estava fazendo aqui,e ele disse que so tinha saido de casa para comprar um milkshake quando vi o tiroteio e fiquei com medo ai o carro disparou e bateu no poste um cara voou pelo vidro e ai voce atirou no dedo daquele cara e depois matou ele ai esses dois chegaram e voce me viu e porfavor nao me mata eu so queria comprar um milkshake eu juro que nao vi nada toma meu milkshake eu juro que nao vi nada.Eu aceitei o milkshake(chocolate),e não queria matar o garoto.O velho sugeriu que a gente drogasse ele,pra que ele esquecesse de tudo.Achei uma boa idéia.
O lâmina ficou reclamando sobre eu ter matado o Tony blábláblá podiamos usar ele blábláblá não sabemos como e o cara que ele ia pegar no bar blábláblá não sabemos que horas é a entrega.Mas uma vez,fiz das palavras de Henry minhas,e dei-lhe uma resposta tão merecida quanto cretina.O garoto riu,e essa foi sua última risada.Lâmina ,que não tem um bom senso de humor, estourou os miolos do garoto ali mesmo.
Não gostei dele ter matado o garoto,mas isso resolveu nosso problema.Voltamos para o carro e Jackie boy tinha fugido.Que se dane,com aquela perna estourada ele não vai longe.Dirigi um pouco e depois parei para fazer os primeiros-socorros dos meus companheiros,que pelo visto são melhores em fazer buracos em seus corpos do que em consertá-los ou evitá-los.Charlie,irritante como sempre,nos lembrou que faltava só meia hora para o horário da entrega.
Chegando no bar,eu estacionei o fusca numa rua ao lado.Haviam vários cadillacs estacionados, incluindo alguns Eldorado 1977 e 1979,e belas motos também.O letreiro em neon piscava "killy's bar cabaret".Parecia ser meu tipo de bar,mas eu tentei me manter concentrado na missão.Decidimos que o negão ia entrar no bar e fingir que era um dos amios de Tony pedindo ajuda,e tentar assim descobrir quem é o homem que ele iria buscar lá.
Depois que o confusão entrou no bar,eu pensei comigo mesmo o que aconteceu nas ultimas vezes que eu fiquei no carro e deixei eles fazerem o trabalho sujo.Eu acabei levando bala nas duas ocasiões,e o meu fusca também sofreu por isso.Talvez fosse melhor entrar no bar para...supervisionar a ação dele,isso.Então eu saí do carro e entrei no bar.O velho me acompanhou,acho que ele também achou que o confusão pudesse precisar de ajuda.O samurai psicopata ficou no carro.
Quando entrei lá,vi que era realmente meu tipo de bar:galera animada,bebida e mulheres com pouca roupa.Achei que seria melhor passar despercebido,então resolvi me misturar com o pessoal.Meu disfarce também não estaria completo se eu não bebesse,então comprei uma cerveja,ainda usando o dinheiro que Charlie deixou no porta-luvas.
Como vocês vêem,eu estava concentrado ao máximo na missão.Mas isso foi até que eu vi a dançarina que estava fazendo strip no palco,a Jéssica.Deus,como eu gostaria de ser rico,pra casar com essa mulher e vê-la destruir minha fortuna!O confusão começou a fazer um discurso sobre a encenação que combinamos no carro,mas as coxas de Jéssica não me deixaram prestar muita atenção.Eu apenas fingia reagir como os outros ao meu redor.Alguns ficaram assustados pelo que ele falou e fugiram,mas tudo que eu conseguia ver era Jéssica e seus longos fios de cabelo loiros dançando sobre o palco.
Eu ouvi uma comversa ao longe pelo comunicador entre o velho e o lâmina,depois ouvi o lâmina pedir pra gente sair do bar,que ele estava com a encomenda.Peguei os oitenta dólares que sobraram do Charlie,coloquei-os entre os perfeitamente redondos e volumosos seios de Jéssica e me despedi.
Foi necessária muita força de vontade para sair daquele bar e entrar no carro.
Chegando ao fusca,manobrei até onde estavam Lâmina e o cara com a encomenda,Johnny.Dentro da maleta havia um disco de dados,os quais transferimos para Charlie.O filho da mãe então nos contou que para receber o dinheiro,íamos ter que simular uma falsa entrega da encomenda para os compradores,a Yakuza.The fucking Yakuza,man!
Fomos então para a ponte fazer a entrega.Nós entregamos a maleta e pegamos o dinheiro sem problemas,quase não acreditei.Porém,quando estávamos voltando para o carro,alguem começou a alvejar a limosine dos japoneses.Em poucos segundos,estavam todos mortos,corpos espalhados no asfalto e dentro do carro.
Eu não fiquei lá para descobrir quem era o atirador misterioso.De início,achei que fosse obra de Charlie,mas ele se mostrou tão surpreso quanto nós diante da situação.
Largamos Johnnie-boy no meio da estrada (o bastardo ainda me roubou a pistola do coldre,só percebi mais tarde) e voltamos ao armazém,onde devolvemos o equipamento de Charlie.Eu tentei negociar com ele para ficar com o fusca,e ele aceitou em troca de eu fazer manutenção nos carros dele.Ainda bem que ele foi razoável,pois me apeguei muito a esse carro.
Repartimos os doze mil do Johnny como bônus e recebemos o pagamento prometido por Charlie,totalizando $4500 para cada.Mal posso esperar para gastar essa grana com a Jéssica.